sábado, 31 de julho de 2010

O mito da divisão islâmica

Por Heitor De Paola | 29 Julho 2010


RESUMO; Israel, por ser um país livre e democrático, está internamente dividida entre ortodoxos, ultra-ortodoxos, liberais, laicos, ateus, e até árabes muçulmanos. Já o Islam é uma grande unidade totalmente baseada no Corão e demais escrituras sagradas.



Venho estudando detidamente os fundamentos do Islam e as estratégias diplomáticas utilizadas no trato com o Ocidente e Israel. É fato que existem sérias divergências entre os países islâmicos, entre as quais:

- Persas x Árabes- Xi'itas x sunitas- Islamismo x nacionalismos- Estados x Estados

Se tomarmos em consideração a faixa de Gaza, por exemplo, no caso de um conflito no qual Israel perca o controle que ainda mantém sobre o território e tendo em vista o apoio total recebido do Irã pelo Hamas, colocaria problemas imediatos para o Egito. Um enclave iraniano ali o ameaçaria diretamente. Deve-se contar com a hipótese de que, mesmo sem a ocupação por tropas iranianas, Gaza pode se tornar um santuário para terroristas xi'itas que teriam uma base segura para atacar a liderança árabe nacionalista e laica (até certo ponto) do Egito Sunita. A Turquia é outro país ameaçado pela política agressiva do Irã, assim como a Arábia Saudita.

Não obstante, que ninguém se fie de que estas divergências se sobrepõem à estrita unidade islâmica quando tratam com os infiéis. Tentar explorar estas desavenças é cair numa armadilha sem saída. A visão islâmica do mundo obedece a linhas que não levam absolutamente em consideração a geopolítica, como fazem os Ocidentais, mas sim princípios religiosos: é o mundo islâmico, ummah, Dar al-Islam, e a vasta região de territórios dos dhimmi, a conquistar para a fé islâmica: o Dar al-Harb. E entre os primeiros estão os Judeus, nunca perdoados desde que recusaram a conversão exigida pelo próprio Profeta Maomé. É preciso deixar claro que, por irracional que pareça, a política é um assunto secundário para os muçulmanos, bem assim como a sobrevivência pessoal.

Arábia Saudita, Egito, Turquia e todos os demais se rejubilariam com um ataque nuclear iraniano que destruísse Israel, mesmo que parte da população 'palestina' fosse também evaporada. O único que temem é que o Irã se aproveite disto para estabelecer a hegemonia persa xi'ita em todo o Oriente Médio.

Israel, por ser um país livre e democrático, está internamente dividida entre ortodoxos, ultra-ortodoxos, liberais, laicos, ateus, e até árabes muçulmanos. Já o Islam é uma grande unidade totalmente baseada no Corão e demais escrituras sagradas. O grande risco é basear qualquer política de enfrentamento confiando que no Islam também existem liberais e moderados. É totalmente falso e o mito da tolerância islâmica é uma lenda inventada por Edward Saïd, um dos mais desonestos escritores de um século mentiroso por excelência. Sua publicação de Orientalism em 1978 tornou-se rapidamente um best seller e influenciou todos os estudos acadêmicos sobre o Oriente desde então. Numa década de auto-ódio dos acadêmicos americanos, interessados em tudo que fosse hate America first - que infelizmente retoma toda força com a administração Obama - caiu como uma mosca do mel. Não nos esqueçamos de que aquele ano foi o auge da dominação marxista na administração Carter que culminou no ano seguinte com a traição ao Xá e a tomada do poder pelos Aiatolás que hoje ameaçam desencadear o novo Holocausto. Saïd, para deleite de seus leitores, usava orientalismo para significar uma tradição ocidental de interpretações preconceituosas do Oriente baseadas no imperialismo europeu dos séculos XVIII e XIX. Doces palavras para ouvidos pervertidos pela obsessão anti Ocidental e anti-semita!

Que digam os israelenses que confiaram durante anos na 'tolerância' turca e agora enfrentam um novo tipo de marinha: além da de guerra e da mercante, os turcos inventaram a 'marinha humanitária da paz'!



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A tolerância dos moderados

Por Percival Puggina | 28 Julho 2010


RESUMO: A campanha em si é como frango refrigerado, não tem pé nem cabeça. Só serve para que os revolucionários se sintam fazendo revolução. Seu único produto é a aporrinhação ideológica, tão ao gosto da Teologia da Libertação, para a qual a pobreza será superada mediante a total destruição da riqueza.



Era bem antiga a minha curiosidade sobre como os grupos radicais da CNBB conseguiam dar trânsito às suas estapafúrdias propostas e fazer com que elas venham a público sob as bênçãos da entidade, para serem acolhidas como se representassem a posição da Igreja. Essa curiosidade ressurgiu quando eu soube que a CNBB acolhera e dera curso à Campanha Nacional pelo Limite da Propriedade da Terra.

Como uma coisa dessas passa pelo plenário? Eu sabia que, para vários efeitos, havia uma diferença entre os documentos de capa verde da CNBB (estudos para discussão) e os de capa azul (oficializados pela instituição). Mas quantas pessoas no País são capazes de fazer essa distinção? Pois foi com esse devastador argumento, o de que a proposição do plebiscito sairá com capa verde e não com capa azul, que os bispos proponentes da campanha conseguiram a concordância dos colegas.

O leitor não acredita?

Vá ao blog de D. Cristiano (www.domcristiano.com.br) e leia o artigo Um plebiscito para dividir fazendas? Ali, o bispo de Jequié acende a luz do plenário e mostra (viva a internet!) que o processo usado pela ala canhota da CNBB para fazer o que lhe dá na veneta é o mesmo dos mal-educados que chegam tarde e querem assistir ao show na primeira fila: metem uma perna por baixo, um ombro por cima e se posicionam onde querem, contando com a inerte tolerância dos demais ("quando um bispo assume posições muito definidas, os outros não gostam de apresentar opiniões diferentes").
Quanta falta de firmeza, eminências! É assim, então, que irá às ruas, com o selo da CNBB, o plebiscito que visa a colher apoio popular para fixar em 35 módulos rurais a máxima extensão legal das propriedades de terra no Brasil.

A campanha em si é como frango refrigerado, não tem pé nem cabeça. Só serve para que os revolucionários se sintam fazendo revolução. Seu único produto é a aporrinhação ideológica, tão ao gosto da Teologia da Libertação, para a qual a pobreza será superada mediante a total destruição da riqueza. A iniciativa segue a constrangedora tradição do anterior plebiscito pelo calote da dívida externa, prestidigitação sacada da mitra de alguns prelados, em 2000, como um achado de cartola de mágico. Você lembra, não é, leitor? "Não se deve pagar a dívida com o sangue do povo!".

Todos riam na foto que registrou o momento solene em que alguns bispos entregaram ao presidente Fernando Henrique o resultado do tal "plebiscito". As grandes bobagens são assim, provocam grandes risadas. A CNBB endossava o discurso dos petistas que hoje riem, orgulhosos, por estarem pagando a dívida antecipadamente. Há quem goste de fazer esse tipo de papel.

Agora, a CNBB entra na linha do PNDH-3 e o artigo de D. Cristiano dá o serviço sobre como se passaram as coisas na reunião dos bispos em Brasília. O esclarecimento ganha relevo porque contém o relato da infrutífera resistência do autor ao trânsito da matéria pelo plenário: a proposta, assumida por pastorais, foi apresentada por uma comissão nomeada pela presidência e foi endossada pela maioria em virtude daquela tolerância que os moderados têm perante a intolerância dos imoderados.

De nada valeu, bem se vê, a eloquente e firme exortação feita por Bento 16 aos bispos brasileiros do Sul III e IV em fins de dezembro do ano passado quando os advertiu para "o perigo que comporta a assunção acrítica, feita por alguns teólogos, de teses e metodologias provenientes do marxismo, cujas sequelas mais ou menos visíveis, feitas de rebelião, divisão, dissenso, ofensa e anarquia fazem-se sentir ainda, criando, nas vossas comunidades diocesanas, grande sofrimento e grave perda de forças vivas". Tudo indica que o discurso do Papa entrou por um ouvido e saiu pelo outro.

É surpreendente essa inclinação da CNBB para a autofagia pastoral, ora se associando a iniciativas e teses tresloucadas, ora sapecando a sua sigla e marca em tolices como as que povoam os Documentos-Base das últimas Campanhas da Fraternidade. É um fato tão lamentável quanto verdadeiro: qualquer empresa privada é mais zelosa com sua imagem e com o que é feito em seu nome do que a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.



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domingo, 11 de julho de 2010

Supremo Tribunal dos EUA decide que direitos de diversidade e homossexualidade são mais importantes do que a liberdade religiosa

Por Kathleen Gilbert


WASHINGTON, D.C., EUA, 28 de junho de 2010 (Notícias Pró-Família) — O Supremo Tribunal dos EUA decidiu que uma organização estudantil cristã não tem o direito de restringir sua inclusão de membros somente para cristãos praticantes, numa decisão que grupos de direitos cristãos estão chamando de um golpe pesado na liberdade religiosa.

O tribunal decidiu por 5 a 4 na segunda-feira no caso Sociedade Legal Cristã versus Martinez sustentar a postura de uma faculdade de direito da Califórnia de rejeitar o reconhecimento oficial de uma organização estudantil cristã. A organização cristã não quis concordar em permitir que não cristãos e indivíduos envolvidos em “estilo de vida sexualmente imoral” se tornassem membros com direito de voto ou líderes.
O caso recebeu interesse nacional, pois as normas, que excluem homossexuais assumidamente praticantes da organização, vieram a ser percebidas como discriminação contra os homossexuais.

A decisão da maioria, de autoria da juíza Ruth Bader Ginsburg, determinou que a decisão da Faculdade de Direito Hastings da Universidade da Califórnia foi uma aplicação justa de suas políticas anti-discriminação. No que pode parecer um precedente sombrio, os esquerdistas do tribunal sustentaram os “direitos” da não discriminação de acordo com a orientação sexual acima da liberdade religiosa ao comparar as convicções cristãs às convicções racistas: O juiz John Paul Stevens perguntou: “E se a convicção fosse que os negros são inferiores?”

O Centro Americano de Direito e Justiça (CADJ), que entrou com um processo no caso representando muitas organizações universitárias cristãs, chamou o resultado de uma “decisão extremamente decepcionante” que “danifica de forma significativa os direitos das organizações religiosas”.

“A maioria do Supremo Tribunal não conseguiu compreender que é fundamental para a liberdade religiosa que as organizações religiosas tenham liberdade de definir sua própria missão, selecionar seus próprios líderes e determinar seus próprios critérios para a inclusão de membros”, disse Jay Sekulow, principal advogado do CADJ.
“Ao permitir que permaneça uma decisão discriminatória por parte de uma corte de apelação federal, a decisão do Supremo Tribunal representa, conforme o juiz Alito concluiu corretamente como discordante, ‘um grave retrocesso para a liberdade de expressão neste país’. E, nós, como o juiz Alito, esperamos que essa decisão seja uma aberração e não uma mudança na jurisprudência da Primeira Emenda”.

O caso envolveu uma decisão do Tribunal de Apelação da Nona Zona apoiando o lado da Faculdade de Direito Hastings em San Francisco. Hastings negou reconhecimento oficial a uma organização estudantil — a Sociedade Legal Cristã (SLC) — depois que a SLC disse que não poderia obedecer às políticas não discriminatórias da faculdade. Essas políticas proíbem as organizações estudantis de discriminar na base de, entre outras coisas, “religião”. A SLC diz que suas convicções religiosas impedem não cristãos de exercerem controle sobre a organização ao se tornarem membros votantes ou servindo em posições de liderança.

Numa opinião discordante escrita pelo juiz Samuel Alito, que foi apoiada pelo juiz chefe Roberts e pelos juízes Scalia e Thomas, o juiz Alito concluiu que a decisão da maioria “é um grave retrocesso para a liberdade de expressão neste país”.

“Nossa Primeira Emenda reflete um ‘profundo compromisso nacional para com o princípio de que o debate sobre as questões públicas deve ser desinibido, robusto e escancarado’”, escreveu o juiz Alito, citando o caso New York Times Co. versus Sullivan, de 1964. “Ainda que os Estados Unidos sejam a única nação a ter esse compromisso na mesma medida, eu não mudaria nossa lei para se adaptar às normas internacionais. Temo que a decisão do Tribunal marque uma virada nessa direção. Mesmo aqueles que pensam que as opiniões da SLC são desagradáveis deveriam se preocupar com o modo como a organização tem sido tratada — por Hastings, pelo Tribunal de Apelação e agora por este Tribunal. Só posso esperar que essa decisão não venha a se revelar uma aberração”.

Em sua ação no Supremo Tribunal, o CADJ argumentou que as organizações religiosas estão constitucionalmente protegidas quando seguem suas convicções religiosas.
“As organizações religiosas por sua natureza adotam princípios religiosos e, como questão de identidade e coerência organizacional, normalmente exigirão fidelidade a tais princípios como critério para admissão de membros e certamente para a liderança”, afirmou a ação. “Isso não é ‘discriminação’, mas em vez disso parte inseparável do que as define como organizações religiosas. A aplicação inflexível de políticas de ‘não discriminação’ a nível religioso força pois as organizações religiosas a escolher entre sua identidade religiosa e acesso ao tribunal. Essa ‘escolha’ é uma escolha inconstitucional entre ceder às intromissões do governo e nenhum acesso a nada. Longe de ser uma condição legítima sobre benefícios, essa é uma escolha na qual o governo, sob as Cláusulas sobre Religião, não tem direito nenhum de meter o nariz e fazer imposições em cima de organizações religiosas”.




Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com

Fonte: http://noticiasprofamilia.blogspot.com

Veja também este artigo original em inglês: http://www.lifesitenews.com/ldn/2010/jun/10062806.html