sexta-feira, 20 de maio de 2011

LIBERDADE SEMPRE, E AGORA

Com relação à atual luta que se trava pela manutenção da liberdade religiosa e da liberdade de expressão no nosso país, posso dizer que existem pessoas que para preservarem a própria vida (ou conveniências), estão dispostas a abrir mão da liberdade. Mas também existem outras que para preservarem a sua liberdade são capazes de perder a própria vida.

No primeiro caso se encontram representados os omissos, os conformistas e os covardes. Alguns desta estirpe gostam de se autonomear como “sensatos”, o que é apenas um eufemismo para “oportunistas”. Estes geralmente têm vida longa, em proporção inversa do legado que “não” deixam. Um exemplo bem típico aqui na Bahia é o de um antigo e poderoso "cacique" da política, falecido recentemente.

O segundo caso contempla a conduta típica dos corajosos, dos revolucionários e dos que amam a justiça (divina inclusive). Geralmente são descritos pelos outros como sonhadores e imprudentes, não obstante a história sempre lhes reservar um indelével papel sobre o epíteto de “libertadores” (do corpo, da alma ou do espírito). Também aqui na Bahia um lapidar exemplo: CASTRO ALVES.

No Brasil de hoje, o primeiro grupo representa a perpetuação do atraso e da aniquilação dos valores éticos mais elevados, enquanto se consagra, em verdade, apenas a o vírus da leniência moral. É a turma da “Maria vai com as outras”, sempre em busca de uma “boquinha” para se “ajeitar” e ficar “de bem” com os poderosos. Hoje estão muito bem retratados pelos arautos da Nova Era Internacional (New Wold Order) a ditar regras anti-religiosas, e a querer “calar” (no grito e/ou na força de um Estado vendido) os milenares valores democráticos e cristãos que formam o cabedal axiológico ocidental, desde sempre.

No outro grupo viceja uma minoria guerreira e inconformada com os ataques autoritários aos valores culturais e democráticos do povo e da nação. São homens e mulheres movidos por um ideal de liberdade e pela coragem de permanecerem fiéis às suas consciências. Não se melindram com as severas ameaças de mordaças e prisões daqueles que usam sem pudor, o aparato político e/ou jurídico (que deveria ser democrático e neutro) para privilegiar e/ou prejudicar ideologias políticas e religiosas.

Quem é cristão, e crê na Bíblia como regra de valor e fé, hoje em dia no Brasil é quase visto como um proscrito, uma “ameaça”, tão só por se manterem fiéis à sua identidade ideológica e afirmar os seus valores religiosos e culturais íntimos. Tal discriminação é um atentado à ordem constitucional, em qualquer Estado de Direito que se respeite. Isto abre um perigoso precedente com relação às outras religiões também.

Fica aqui o alerta. Já assistimos antes a esta história de tentar “calar cristãos,” e o final nunca é feliz.

Belcorígenes de S. Sampaio Júnior.
(Prof. de Teoria do Direito e Direito Constitucional).

20 de maio de 2011

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VIDE: http://www.olavodecarvalho.org/semana/mamar.htm

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