segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Resposta: LIBERDADE RELIGIOSA

Nossa resposta a um email sobre um recente artigo publicado pela Folha de São Paulo que ironiza o vigente regime jurídico das organizações religiosas no Brasil.
______________________________________________________


Amigos.

A democracia permite que alguns excessos, de fato, ocorram, porém este “ônus” é preferível ante o perigo da sua antítese que caracteriza os estados totalitários sob liberdade religiosa controlada (ou de fachada). Que o digam (em pleno século 21 e ainda privados de liberdade religiosa) os cubanos, chineses, iranianos, norte-coreanos e cidadãos do mundo oriental, em geral.

Nós, ocidentais, precisamos parar de exercitar esta SÍNDROME DE BOM-MOCISMO que nos avassala a consciência, como se existisse no mundo outro modelo jurídico-político melhor do que a democracia ocidental. Podemos, e devemos refletir sobre as nossas falhas, o que não significa assumir uma postura de culpa permanente por tudo o que somos. Com certeza, é muito melhor a liberdade para acertar e/ou errar, refletir e consertar, ao silêncio de tumulo dos regimes ditatoriais, sejam eles seculares ou religiosos.

Em tempo: é cada vez mais complicado ser HETERO-OCIDENTAL-CRISTÃO em um mundo que clama pela relativização destes valores, tudo em nome da consagração de um pseudo-discurso de promoção da "liberdade de ser o que se é”. Este discurso é falso porque no mundo ocidental, em geral, desde a muito tais liberdades estão consagradas. Na verdade o que se tenta é, ilegitimamente, CALAR as vozes ideologicamente contrárias. Assistimos, assim, à inauguração de uma espécie de imperialismo GAY-ORIENTAL-LAICIZISTA.

A ironia é saber que boa parte das críticas ao modelo ocidental-cristão parte de países, instituições e indivíduos completamente sem isenção, pois diretamente envolvidos com a cartilha relativizadora da New World Order.

Antes que alguém me acuse de retrógrado, gostaria de deixar claro a minha posição: CADA UM TEM O DIREITO DE SER, E FAZER, (dentro da legalidade) O QUE QUISER: “O QUE NÃO VALE É TENTAR CALAR O ADVERSÁRIO (OPOSITOR)”.

Abraço fraternal.


Belcorígenes de S. Sampaio Jr.


PS: O moderno é ler VOLTAIRE.: "sou contra tudo o que vossa senhoria disse, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-lo".


.

Um comentário:

  1. Para mim, os excessos, sejam eles quais forem, uma vez que resvalem na ilegalidade, são caso de polícia. Mas sei que a melhor medida NUNCA será acabar com a liberdade dos corretos, em razão dos erros cometidos pelos desonestos. O editor e o repórter não necessitavam ir muito longe para saber que em toda parte existem excessos ilícitos. Muito provavelmente, se resolvessem procurar os "esqueletos escondidos" no armário de seu próprio empregador (Folha de São Paulo) encontrariam vários. Pensando assim, poderíamos dizer que é muito fácil criar um jornal e obter isenções desta ou daquela natureza, desvirtuando a verdadeira função jornalística. Ou que os partidos políticos não deveriam existir, porque são fonte de maracutaias. Certo é que TODO TIPO DE ASSOCIAÇÃO OU SOCIEDADE DE QUALQUER NATUREZA, DESDE QUE ADMINISTRADAS POR PESSOAS DESONESTAS, PODEM PRESTAR-SE A PRÁTICAS E CONDUTA ILEGAIS. Na verdade, são estas práticas que devem ser reprimidas, não as associações, sua formação e existência.

    Ademais, o mesmo art. 150 citado pelos autores da matéria jornalística institui a isenção de imposto não apenas sobre os templos de qualquer culto, mas também sobre os livros, JORNAIS, periódicos e o papel destinado à sua impressão. Ou seja, os repórteres denunciam nos outros as "facilidades" que eles mesmo gozam calados.


    Um abraço.

    Sérgio.




    LINK:


    (http://academico.direito-rio.fgv.br/ccmw/A_imunidade_dos_livros,_jornais,_peri%C3%B3dicos_e_o_papel_destinado_a_sua_impress%C3%A3o._Imunidades_espec%C3%ADficas.)

    ResponderExcluir

DEIXE AQUI A SUA OPINIÃO.
MENSAGENS AGRESSIVAS OU ANÔNIMAS SERÃO ELIMINADAS.