Por Belcorígenes de Souza Sampaio Júnior
Definitivamente não sou contra a alegria. O que eu não entendo é como uma palavra tão bela e desejável como essa (ALEGRIA) possa se tornar sinônima de excessos indevidos. Neste “festival da carne” (carni-val) muitos (NÃO TODOS) acreditam possuir uma licença para “fazer” o que não seria normalmente lícito, prudente ou recomendável. Estranhamente associam “alegria” com falta de prudência e decência. Eu tenho que discordar já que “alegria” denota algo mais profundo do que meros desvarios de momento, risos estridentes, copos etílicos sempre à mão e CORPOS gratuitamente em oferta.
Entendo que quem se expõe exageradamente nesta “festa” (cometendo todos os excessos a que julga “ter direito”) está apenas demonstrando a sua infelicidade e também a sua solidão (que até fica bem disfarçada dentro de uma festa popular).
Na verdade, é por “falta de alegria” (ou sentido) com suas próprias vidas que pessoas se excedem em comportamentos autodestrutivos (da vida, da honra, da imagem), e para se justificarem perante as suas consciências (os que ainda as tem) invertem o sentido e batizam essa “desalegria” como ALEGRIA. Aliás, por falar em autodestruição eu nem sei como denominar o comportamento de quem não entrega carro, patrimônio ou casa a qualquer pessoa, mas que paradoxalmente oferece o que tem de mais valioso, O SEU PRÓPRIO CORPO, ao desfrute de um estranho qualquer. Será prostituição? Não com certeza, pois essa é menos gravosa já que se dá por dinheiro e quase sempre por falta de opção, ao contrário do que acontece nos ditos carnavais.
Quem age e vive assim está no seu lídimo direito de fazer o que quiser com sua própria vida, só não queira me convencer de que se pode realmente ser feliz desse jeito: “uma vez a cada carnaval”. Há maneiras infinitamente mais dignas e melhores de ser alegrar, e ser FELIZ de verdade.
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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012
A PSEUDO-ALEGRIA DO CARNAVAL (breve reflexão)
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Parabéns. É a primeira vez que leio um texto de sua autoria, justamente por pesquisar no "oráculo Google" a exata expressão que utilizou: Pseudo-alegria. Usarei seu nome e blog para disseminar esta reflexão àqueles que ainda estão à obscuridade da referida "desalegria". Saudações.
ResponderExcluirOk, obrigado e fico feliz caro Fernando.Grande abraço.
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